"Carlos Mel pediu a conta. Não esqueça a caixa de fósforos. Pode ficar com o troco. Caminhou até a ponte (viu o panorama). A avenida central passa debaixo. A águia fêz um ninho na chaminé da fábrica de sapatos para crianças."
Eis as primeiras linhas publicadas por Manoel Carlos Karam; uma publicação caseira, feita entre amigos em 1972 e que quase ninguém leu. O próprio autor não mencionava este precioso 6° feira da semana passada entre seus livros. Em poucas páginas é possível perceber o caminho que a literatura do Karam seguiria ao longo de toda a sua carreira. É impressionante ver como em seu primeiro livro uma boa parte dos elementos que tornariam sua obra genial estão presentes. Por isso é tão importante que a história de Carlos Mel volte a ser publicada e receba a atenção que merece.

52 páginas.